domingo, junho 10, 2007

Quebrando regras por um bem maior

O Greenpeace é uma organização independente, que faz campanhas para expor e denunciar os problemas ambientais globais. O eixo do trabalho da entidade são as campanhas públicas, utilizando confrontos não violentos. Porém, há controvérsias entre as ações dos ativistas do Greenpeace. Em alguns casos, eles são acusados de desobediência civil. Fechamento de fábricas sem autorização, invasão à desfiles de moda, ataques a barcos pesqueiros estão entre as ações encaradas como crimes. Vivendo essa dualidade, o Greenpeace luta pelo meio ambiente.
A luta da organização é marcada por protestos com forte apelo contra indústrias nucleares e exploração predatória da natureza. Segundo os ativistases da organização:
- A energia nuclear é um dos erros tecnológicos, ecológicos, sociais e econômicos mais graves de nosso tempo. Chernobyl é a prova disso.
Os militantes vestem-se com roupas de proteção à radiação e protestam em frente à câmaras de deputados e nas usinas. Em outras campanhas, pintam as focas para que sua pele não possa ser usada pelos caçadores. Marchas e caminhadas pela paz e conscientização também são comuns entre as ações do Greenpeace. As retaliações, porém, nem sempre vêm em forma de prisão ou multas. Em 1985, por exemplo, o governo francês determinou o afundamento do Rainbow Warrior, um dos navios da organização
No Brasil, o Greenpeace trabalha com quatro fortes campanhas de conscientização que buscam: a proteçã da Amazônia; a adoção de energias puras e renováveis; a adoção do princípio da precaução na produção de transgênicos e pelo banimento das substâncias químicas tóxicas. O Greenpeace também disponibiliza dicas para melhor aproveitamento de recursos ambientais em seu site:
www.greenpeace.org.br.
A organização não é financiada por governos ou empresas, e sim por mais de 2,8 milhões de membros particulares. Além do suporte financeiro, os colaboradores participam ativamente das campanhas, as quais a organização destina mais de 70% de toda a arrecadação. Personalidades do mundo artístico também se engajam em projetos sociais como o Greenpeace. Músicos como o líder do U2, Bono, e Bob Geldof, frequentemente estimulam eventos e shows de cunho social. A dupla, inclusive, foi indicada ao último Prêmio Nobel da Paz.

A pizza do Faustão

Faustão começa o programa e anuncia a atração:
- Olha aí hein, brincadeira! Mais do que nuuuuuuuunca, temos aqui uma mesa recheada de feras para comer a “Pizza do Faustão”, olha aí!
Um após o outro, os convidados vão se apresentando, mas não falam os nomes:
- “Beu abor”, eu não preciso estar nesse programa ‘chinfrim’ que esse gordo suado faz para ter audiência. Eu faço a minha própria audiência. Eu sou a audiência. Desafio a todos os telespectadores a dizerem uma pessoa que seja mais inteligente e mais perfeita para a televisão do que eu. Conseguiram? Claro que não! O resultado de eu ser tão maravilhoso e melhor que todos é que, no ano que vem, estarei em Brasília, vou lá para um gabinete muito chique fazer o que eu melhor faço: nada
- Pois eu dispenso apresentações. Não preciso nem dizer que eu fiz e o que farei por São Paulo. Eu fiz tudo nessa cidade, e continuarei fazendo. Fiz tanto, que fui preso recentemente. Graças a Deus o povo brasileiro é besta a ponto de nunca lembrar desses pequenos deslizes, que não fazem mal a ninguém. Imagina, ser preso. O que isso tem de errado? Agora eu estou de volta e farei muito mais por São Paulo! Quem sabe eu não volto pra cadeia e sou reeleito?
Faustão, claro, interrompe as apresentações para falar:
- Olha aí hein! Essas feras, tanto no profissional quando no pessoal, são pessoas que já passaram por tudo em suas vidas e tão aí pra provar que o que fala mais alto atualmente é o poder! Ô louco meu!
As apresentações continuam
- Au! E eu fiz a minha vida! Au! Além de um forrozeiro de quinta, agora tô em Brasília também! Au! Mas não importa, afinal, tudo que tiver de ruim por lá é só “lavar que tá novo”. Au!
- Pois eu e minha turma não fizemos nada. O povo brasileiro que é muito recalcado! Estão com raivinha de nós só porque ganhávamos uma merecida mesadinha em Brasília! Ou vocês acham mesmo que é absurdo que nós, políitcos engajados nas lutas sociais, somos ricos? Merecemos ganhar uma graninha, ora pois! É um absurdo o que estão fazendo conosco. Ah, sim, eu quero uma fatia de pizza bem queimadinha...
Faustão interrompe mais uma vez as apresentações, ao ver que um dos convidados está saindo no meio do programa
- Ô louco meu, você vai onde? Mais do que nuuuuuuuuuuuuuunca isso aqui é ao vivo, e você nem se apresentou! Não vai comer nenhum pedacinho de pizza?
O convidado apenas responde:
- Não. Nessa mesa eu não tenho a mínima condição de ficar.
- E porque não? – Responde Faustão.
O jovem rapaz dá um sorriso e conclui:
- Por que eu me chamo senso do ridículo. E nenhuma dessas pessoas daqui parece me conhecer muito bem...

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Pesadelo (Prólogo)

Do dicionário:
Sonho, s. m. Conjunto de imagens que se apresentam ao espírito durante o sono; utopia; ficção; fantasia; ilusão.

Da Wikipedia:
O sonho é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Recentemente, descobriu-se que até os bebês no útero têm sono REM (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas o sonho aparece revestido de poderes premonitórios.

Do dicionário:
Pesadelo (ê), s. m. Agitação ou opressão durante o sono, em resultado de sonhos aflitivos; mau sonho; (fig.) coisa ruim, molesta ou enfadonha.

Da Wikipedia:
O pesadelo é um sonho penoso com sensação de opressão toráxica e dispnéia, terminando por um despertar sobressaltado ou agitado e com ansiedade. É uma perturbação qualitativa do sono (parasónia), na maior parte das vezes de origem psicoafectiva, embora não seja de excluir a sua etiologia comicial. Aliás, a palavra nightmare, que em língua inglesa significa "pesadelo" dizia respeito, há quatrocentos anos, exatamente a um demônio que vinha e sufocava as pessoas enquanto dormiam.

Até onde a perturbação de um sonho vai? Existe limites para um universo paralelo criado durante o sono?
A realidade se funde com a ficção em um mundo onde se tem controle das ações. O problema, justamente, é saber o que é ficção e o que é a realidade. Está disposto a sangrar para mudar o destino de quem ama? És forte o bastante para mudar decisões e salvar vidas?
Um pesadelo dura somente o tempo em que está adormecido? O que acontece quando ele se transfere para a sua vida, começa a fazer parte do seu destino e das suas decisões. Alguém pode ‘morrer de pesadelo’? Um sonho pode deixar marcas?
Seja bem vindo a um novo mundo, onde os sonhos são extensões da realidade.

sábado, janeiro 13, 2007

O que Trish fez - Capítulo 10 / Final (Tudo outra vez?)

Já era muito tarde. Camilla pouco conhecia aquela rua, a tal Avenida Vivaldi. Tinha ouvido falar de muitas histórias, mas todas eram consideradas lendas urbanas. Estava completamente embriagada, ria descontroladamente. Quando viu um ônibus a sua frente, tropeçou ao tentar correr. Queria entrar no veículo, não interessasse pra onde fosse. Queria sair dali o mais rápido possível. Sentia-se mal com aquela bebedeira toda. Porém, o que viu, foi terrível demais pra si mesma. O ônibus, ao tentar parar, capotou mais de 10 vezes. Parecia que fora arremessado por alguma força estranha. Camilla apertou os olhos e viu uma figura de cabelos longos e morenos, trajando um sobretudo preto, que estava parada perto do ônibus. Tinha ódio nos olhos, que estavam vermelhos. Pareciam chorar sangue. Quando chegou mais perto para averiguar, sentiu o corpo cair pesadamente. Os olhos fecharam e nunca mais abriram.
- Dessa vez, sem testemunhas. – disse a nova mensageira.

O que Trish fez - Capítulo 9 (Faça, Trish)

Um vento ruidoso invadiu o grande salão principal da casa dos Redmore. Trish estava ajoelhada de frente para sua mãe, ainda não acreditando no que precisava fazer para dar um fim a todo o pesadelo que assolou aquela família. A tarefa era dolorosa demais para ser cumprida. A jovem não estava disposta a fazer o que era necessário.
- Mamãe! Você está louca?! Nunca irei fazer isso! – disse Trish, abraçando a mãe aos prantos.
- Trish...você precisa, meu amor...é o único jeito...e precisa ser rápido, a mensageira não ficará longe por muito tempo...faça Trish! Faça!
- Não! – Trish começava a correr, rumando a porta principal da casa. Mas algo a impedia de sair: Marla
- Trish, não temos muito tempo...por favor!
Robertha apanhou o punhal e colocou contra sue peito. Em seguida, agarrou as mãos da filha e colocou sob o objeto. Trish estava paralisada, não tinha forças para reagir e muito menos para cumprir aquele macabro objetivo.
- Faça, Trish...faça!
- Eu...não...posso
Nesse momento, a sala voltou a ter contornos escuros. Um ar pesado novamente tomou de assalto o local, quando se ouviu a voz da mensageira mais uma vez.
- Gótica patética...sequer se propõe a fazer um sacrifício para salvar sua ridícula família...
- Faça, Trish! – repetia Robertha.
- Indecente o pensamento de tentar salvar alguém. Você é fraca, não consegue. Nunca conseguirá...eu sou mais forte, sempre fui, e sempre serei...não irá conseguir nunca!
- Faça, Trish!
A cena era a pior possível. Robertha mantinha o punhal na alutra de seu peito, e as mãos da jovem lá também, mas não fazia força nem menção de cravá-lo e matar a mãe. A voz de Marla se fazia cada vez mais próxima, parecia estar tentando voltar ao domínio da situação. Trish começou a tremer. Sentia que algo de muito errado estava acontecendo, e que teria de escolher um caminho. Qualquer um que tomasse a levaria para uma estrada sem volta. Ficaria sem família por um lado, e por outro, colocaria a vida de muita gente em risco. Ela precisava agir, e logo.
- Você é fraca, gótica! – disse Marla
- Faça Trish, eu te amo! – repetia Robertha
- Nunca foi capaz de ser alguém na vida e não vai ser agora!
- Vamos Trish, não temos muito tempo!
- Colocou tudo a perder, Trisha Redmore! Você odeia que falem seu nome completo não é, Trisha?
- Faça Trish, não há mais tempo
- Não vai fazer não, ela é fraca demais...
Trish, finalmente, tomou a sua decisão.
- Me descupe mamãe...eu te amo e sempre te amarei.
A jovem Redmore cravou o punhal com toda força no peito da mãe. Robertha não conseguiu esboçar nenhuma grande reação. Apenas sorriu. Sabia que a filha tinha tomado o caminho certo. A sala principal toda explodiu em uma luz branca que fazia doer os olhos. Tudo ficou claro, e nada mais se via por alguns minutos. Quando a vista se acostumou, Trish viu que tudo voltava ao normal. A porta estava intacta, não havia marcas de destruição pela casa. Robertha não estava ali, muito menos Marla. Havia acabado. O pesadelo estava no fim. Porém, quando finalmente sentiu sua consciência voltar ao normal, viu algo totalmente errado. Estava vendo a si mesma parada, de frente para a porta principal. Não se mexia, não falava nada. O que estava aconecendo? Era como...era como se Trish estivesse vendo a si mesma por uma câmera de vigilância. A imagem de seu corpo ia se afastando, ou melhor, Trish se afastava dela mesma. Tentou gritar, mas não saiu som. Quando não conseguia ver mais, parou de sentir qualquer coisa. Um vento sobrenatural tomou conta da casa dos Redmore novamente. Uma risada sombria preenchia o ar e uma voz maiúscula e distorcida saia da jovem Trish.
- Obrigado, gótica. Você terminou o serviço.

Top 10 - Cinema Recente


Esse é o cara!!! Captain Jack Sparrow. 4 ever!

Pessoal, vadiando por aqui, comecei a pesquisar uma das minhas maiores paixões: o cinema.
E sempre vejo os clássicos em alta, mas, porque não falar das produções atuais?
Então, fiz um "Top 10" com cenas dos filmes que considero muito bons atualmente, e outros um pouco mais antigos. Muitos não puderam entrar, mas quem sabe não acontece um remake dessa seleção? =D

Aqui vai:
Nº 1

Pirtas do Caribe 2: O Baú da Morte - A corrida de Jack Sparrow

Uma cena bem simples, mas tão bem feita!A corridinha do Capitão Jack Sparrow é algo de fantástico.Fugindo da tribo de canibais, o picareta ainda leva uma pancada da onda.Mais uma prova de que Johnny Depp é um atoraço. Transforma cenas simples em clássicos.Hail, Captain Jack Sparrow!

Nº 2

Matrix Reloaded - Neo X Agent Smith

Talvez a cena de luta mais bem feita da saga de Matrix.Keanu Reeves e Hugo Weaving protagonizam uma batalha sem limites, onde a morte espera pelo perdedor.Destaque para os movimentos perfeitos e a atuação vigorosa de Hugo.Keanu, pra variar, dá show.

Nº 3

Shaun of the dead - Don´t stop me now

Não é a toa que amo a Inglaterra!!!Simon Pegg e Nick Frost formam uma dupla hilária nesse filme, uma comédia romântica com zumbis!Essa cena, onde eles lutam contra o zumbi dentro do bar Winchester é simplesmente fantástica.A trilha sonora do Queen deu o tom.Nada tentando apelar para humor barato, saiu naturalmente.

Nº 4

Simplesmente amor - All I want for Christmas is you


Uma cena bem bonitinha desse bom filme.Outra comédia romântica, agora envolvende diversos casais, diversos personagens e cada um com sua história.Destaques para a atuação de Hugh Grant e o par romântico feito pela portuguesa Aurélia e o inglês Jamie.A cena postada mostra uma música cantada por Joanna, a paixão do jovem baterista.

Nº 5

Constantine - Primeiro exorcismo

Sem grandes comentários. Excelente.O filme começa com tudo. Keanu perfeito.Um exorcismo logo de cara."My name is John Constantine, asshole!"

Nº 6

O Show de Truman - Final

Um dos finais mais emocionantes que já vi.O filme mostra até onde chega a ganância por shows de realidade, e como isso destrói a vida de um ser humano.Já
pensou em ser vigiado desde que nasceu?

Nº 7

Click - Linger

Cena bem legal do filme "Click".Adam Sandler conseguiu até dar um tom dramático ao personagem.E Kate Beckinsale é linda demais, além de talentosa.

Nº 8

Cruzeiro das Loucas - I´m coming out

Cuba Gooding Jr. é um gênio!Deu um show no filme "Homens de honra", no papel do sofrido e lutador Carl Brashear.E aqui, ele fez Jerry, um cara querendo esquecer o azar que teve com sua namorada e que embarca, por engano, em um cruzeiro gay.Ele entrou de cabeça no personagem.

Nº 9

Escola de Rock - School of Rock

Jack Black e crianças de 10 anos que arrebentam na música.Precisa de mais?

Nº 10

Shrek 2 - Livin la vida loca

"Hey Donkey, that´s spanish!"

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O que Trish fez - Capítulo 8 (A última batalha)

O último confronto entre as forças da luz e das trevas estava prestes a começar. A mensageira, parada à porta destruída da casa dos Redmore. Robertha folheava o grande livro com o ankh na capa em busca de algo.
- Enfim tomou coragem, gorda. Mas não acha um pouco tarde demais? A gótica morreu duas vezes para você entender a grande besteria que fizeram! – disse Marla em um tom ameaçador.
A casa foi tomada por uma pesada aura negra, que subia sorrateiramente pelas escadas em direção a todos os cômodos. Em questão de instantes, o local estava escuro e com uma energia sombria terrível. De dentro de um dos bolsos da calça, Robertha retirou uma vela vermelha e acendeu-a com um palito de fósforo que também havia guardado no bolso. Aquela luz amarelada era a única coisa que se via na casa. Nem mesmo Marla, a mensageira, estava mais à vista. Apenas ouvia-se sua voz pesada.
- Robertha, isso tem fim agora. Ninguém mais pode saber que eu existo, que eu posso ser vista. Eu decido tudo o que deve acontecer aos outors. Ninguém pode ter a audácia de interferir em meus planos. O que está feito, está feito. Você sabia disso no dia em que trouxe Trish de volta. Você a amaldiçoou com esse dom de perceber tudo à sua volta. E agora, ela é apena o meu casulo...
- Cale-se! – Robertha lia apressadamente uma página do livro. O que a luz criou, nenhum resquício de escuridão pode retorcer! Volta para o lugar amaldiçoado de onde veio, ó criatura do mal! Não temo enfrentar nenhum perigo pois não tenho medo da morte!
A mensageira das trevas apareceu no começo da escada. Estava perturbada com aquelas palavras. Se contorcia e gritava. Robertha sentia-se confiante e prosseguiu.
- Aos homens, tudo o que é responsabilidade dos mortais. Aos seres sem vida, todo o pesar de uma vida vazia!
Nesse momento, o livro que estava nas mãos de Robbie foi arremessado para longe, assim como ela própria sentiu um grande impacto no tórax, e também foi ao chão. A dor foi incrível, mas ela sabia que tinha de se levantar e continuar. Mas agora, era Marla que falava. Recitava alguns cânticos em uma língua nunca ouvida antes, mas era algo que fazi tremer o chão da grande casa dos Redmore. No mesmo momento, Robertha foi arremessada escada abaixo. Deu um grande urro de dor.
- Hum...acha mesmo que algumas palavrinhas podem comigo? Você é sacerdotisa, Robertha? Creio que não! Achas que apenas por ter a marca vermelha ao pescoço e o manual de intruções vai conseguir me derrotar? Jamais!
Marla arremessou novamente Robertha, agora, novamente à parte superior da escadaria. Seus olhos estavam num tom vermelho muito vivo, e gotas de sangue vinham como lágrimas.
- É o fim Robertha, é o fim!
Cambaleante e ofegante, Robertha finalmente alcançou o livro. Passou suas páginas com pressa, até chegar a uma página que ocultava um volume. Quando virou essa página, encontrou um punhal, pequeno, do tamanho de um controle remoto. Era encrustado de rubis e a lâmina tinha tons de cinza.
Nesse mesmo instante, Marla olhou com temor. Os olhos voltaram a ser negros e os tremores acalmaram-se. Parecia não acreditar no que via.
- Não pode ser...a lâmina da purificação
E antes que pudesse terminar a frase, Robertha atirou o punhal, que acertou em cheio o peito da mensageira. Ela soltou um longo rugido de dor e, de repente, ficou paralisada. A escuridão da casa cessou por alguns momentos, e a imagem da ruiva no vestido branco ensanguentado dava formas à jovem e bela Trish Redmore, chorando muito. A lâmina da purificação estavano chão, e imediatamente Trish apanhou, correndo até a mãe.
- Mãe, me ajude...eu não aguento mais ficar lá...
- Trish, meu anjo, tudo vai acabar bem...mas você precisa fazer uma coisa. Não resta muito tempo. Marla nunca pode ser morta por armas, apenas paralisada.
- O que eu faço? – dizia a jovem, chorando
- Trish...apenas uma de nós duas pode sair viva dessa história. A mensageira tem de matar a todos os que viram...mas...se a hospedeira, sem efeito da possessão, realizar essa missão, ela pode ficar viva...
- Mamãe...a senhora está dizendo que
- Trish, você precisa me matar!

quinta-feira, janeiro 11, 2007

O fantástico mundo de Cicarelli


Ah bocuda!!!

Mais um escândalo protagonizado pela “excelentíssima” senhorita (?) Daniela Cicarelli nos últimos dias. A apresentadora e modelo (?) resolveu entrar com um processo contra o Youtube, site que pertence ao grupo Google, o mesmo das buscas e do orkut, devido à circulação de seu famoso vídeo nos últimos meses.Pois bem, é o famoso caso “eu estou certo, o mundo todo está errado”. Tivesse nossa querida Cicarelli esperado chegar em casa para viver momentos de intimidade com seu namorado e nada disso teria acontecido. Agora, quer fazer milhares de pessoas que gostam e acessam o site de vídeos pagarem por um erro exclusivamente seu? Peraí mocinha!Após esse acontecimento, comecei a imaginar em que mundo poderia viver a Daniela Cicarelli. A modelo (?) deve estar situada num universo paralelo onde tudo é normal e cada um pode fazer o que quiser, sempre. Neste local, a líder suprema seria Paris Hilton, a patricinha mor universal, alvo de escândalos eternos e dona de uma imagem perecível. Pudera, é herdeira da cadeia de hotéis Hilton, uma das mais poderosas, senão a maior em todo mundo. Paris é daquelas que não ligam para o que falam dela, e acha um absurdo usar o mesmo sapato mais de uma vez por dia. Com essa liderança inspiradora, Cicarelli pode fazer o que bem entender. Pode tirar com a cara da opinião pública e desrespeitar a todos quando bem entende. Se alguém a desagrada, ela entra na justiça. Afinal, nesse lugar, Cicarelli é o poder e a justiça. E escândalo não é nada pra ela! O que está errado é, justamente, o fato de ninguém aparecer na mídia, seja como for. Assim, a moça pode viver e fazer o que bem entender. Pode mandar na MTV, pode processar quem quiser pelos motivos mais ridículos do mundo, pode usar as praias como quiser! Afinal, ela vive no seu universo paralelo! 3 vivas para a “Cicarelândia”!Brincadeiras a parte, a apresentadora sepultou de vez toda a sua popularidade no Brasil, e creio que no mundo todo também. Ela simplesmente desrespeitou quem gosta e quem não gosta dela ao tentar impor sua opinião e acabar com o Youtube por cerca de três dias. Se todos tem de pagar por erros pessoais de um, como será a vida a partir de agora? Temo por isso. Graças a Deus, a justiça brasileira (?) desconsiderou a decisão ridícula e tudo voltou ao normal. Normalidade! Pelo menos até Cicarelli aprontar de novo...

O que Trish fez - Capítulo 7 (Exorcismo e cura milagrosa)

Robertha recobrava a consciência, ainda trêmula. O que aquela carta dizia não podia ser verdade. Era terrível demais para acreditar. Como sua jovem filha poderia estar sob o domínio de uma força oculta? Era doloroso demais para Sra. Redmore. Suniu as escadas da grande casa em alta velocidade. Procurava por algo que sequer sabia o que era.
Enquanto isso, a mensageira caminhava sorrateiramente pelas ruas vizinhas à casa dos Redmore. Tinha pressa. Tinha medo. Ofegava. Algo deveria ser feito, e ela sabia exatamente o que. Dentro de si, a jovem Trish Redmore lutava para viver. Estava aprisionada, agora, dentro de Marla. O que antes fora hospedeiro da entidade, agora era uma maneira terrível de punir um ser humano. Não tinha pensamentos, não tinha força para raciocinar. Apenas sentia a dor e sussurava duas palavras.
- ... Exorcismo...cura...
Robertha Redmore revirava se quarto. A cama estava fora do lugar. Procurava algo no chão. Uma abertura. Quando a encontrou, correu para pegar um grande pedaço de ferro, um pouco enferrujado, que escorava uma parte da janela em reforma. Começou a forçar a abertura até que a mesma cedesse e o chão quebrasse. Retirou dali todas as lascas de madeira de lei e começou a procurar algo dentro da fenda que se formou. Quando encontrou, respirou longa e pausadamente.
- Max, me perdoe...mas terei que fazer isso.
Uma grande fotografia de Max Redmore estava sobre um livro. Max, pai de Trish, morreu em um misterioso acidente. Aparentemente, tirou sua própria vida para salvar a da família, algo que nunca foi bem explicado. Trish tinha apenas 7 anos quando tudo aconteceu. Parecia sobrenatural, quando a casa da família Redmore foi tomada por uma luz negra que feria os olhos que entrassem em contato com ela. A mesma luz apenas dissipou-se quando Sr. Redmore explodiu os miolos com um tiro de sua shotgun.
- Meu querido...é a única saída...a verdade será exposta...a maldição continuou...o ceifador foi vencido, mas a mensageira chegou...eu preciso ler o livro.
Robertha falava sozinha, muito emocionada. Contou sobre o ceifador, uma figura terrível que foi escolhida para assombrar a família Redmore. Falou que era um castigo por terem rompido barreiras. A jovem Trish Redmore deveria estar morta! Com 6 anos, foi diagnosticado que a menina tinha 5 tumores em diversas regiões do corpo. Não havia salvação, apenas o conforto para a dor. Mas no último dia, quando os médicos comunicaram sua morte, ela foi tirada do limbo em algum tipo de ritual espiritual proibido que Robertha e Max fizeram. Buscaram a alma da garota no purgatório. E isso mexeu com o equilíbrio entre as Trevas e a Luz.
- A única chance de isso acabar é agora. Preciso dizer as palavras proibidas mais uma vez. Agora ninguém poderá ficar vivo...senão a maldição continuará...me desculpe Max.
A Sra. Redmore retirou uma enorme caixa da fenda que se abriu em seu quarto. Quando abriu, um vento tímido invadiu o cômodo, levantando as cortinas e cantando de leve no vazio. Lá dentro havia um grande livro cuja capa estava ilustrada por um ankh, uma grande cruz muito comum em religiões como as do Egito. Além do livro, uma grande faixa vermelha, que mais parecia um cachecol, também estava lá. Robertha passou essa faixa pelo pescoço e levantou o grande livro.
- Dê-me forças, Max.
Nesse momento, a porta principal da casa dos Redmore explodiu. A mensageira das Trevas chegava em seu destino. Ia subir as escadas, mas parou quando viu a imponente figura de Robertha Redmore, com lágrimas nos olhos e o livro aberto nas mãos.
- Pode parar aí mensageira. O confronto será aqui embaixo.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Peraí, o que tá acontendo?

Pensem bem:
- A Televisão passa a vida inteira nos dizendo que somos feios, perecíveis e inúteis.
Já pararam para reparar nisso?
Afinal, porque existem tantas propagandas com produtos para emagrecer?
Será que ser gordo é um crime tão hediondo?
Eu achei que crime mesmo era mensalão e desvio de dinheiro, mas...

Eu acho muito legal o tanto de propaganda de barras de cereais que substituem os alimentos.

Cara, pensa bem!!!!
Para que ter uma refeição saborosa quando você pode comer uma barrinha sabor toucinho de porco com molho à campagna?

Impressionante isso! Daqui a pouco tudo vai virar barrinha.
Ou seja, não é bom comer algo pesado, como uma pizza, já que vai engordar.
Agora, comer uma barra sabor pizza, pode!

Eu tô ficando louco, ou a ditadura da beleza chegou em um nível fora do controle?

Sinto muita saudade da Ana Carolina Reston, apesar de sequer ter conhecido a modelo, e nunca ter trocado uma palavra sequer com ela. Mas sinto saudade porque ela foi covardemente vitimizada por essa louca 'mania' que é ser perfeito aos olhos de alguns.

Covardia.
É a única denominação que encontro para esse tipo de ato. Maldita ditadura da beleza!

Por isso, aproveitem o dia. Não reclamem do tempo perdido.
Não se regulem à aparências e modelos falsos de perfeição.

São perfeitos como são.



O que Trish fez - Capítulo 6 (Acidentes)

- E você achou mesmo que eu era outra pessoa, não é?
Uma voz sinistra saída daquele corpo flutuante. As manchas de sangue no vestido branco pareciam crescer a cada minuto. Falava sozinha. Mas ninguem a via. Passava entre as pessoas durante a noite, ia com pressa, mas sem direção. Os cabelos ruivos caiam sobre os olhos negros como o espaço.
- Você viu demais, gótica. Não sei como, mas viu demais.
Parecia conversar consigo mesmo, mas sua voz tinha um alvo. Assim como sua raiva e mágoa. Falava com aquela que havia servido como hospedeira. Falava com a bela Trish Redmore.
- Aquela noite era minha! Eu tinha tudo sob controle! Aquele ônibus não podia seguir o seu caminho tranquilamente! Eu precisava daquelas almas. Eu precisava, gótica.
Alterações no tom da voz surgiam a cada frase pronunciada. Tinha ódio. Odiava tudo. Era a maldade em vida.
- Era simples: eu ordenava, e aquele ônibus caía no lago. Todos morriam, todos iriam comigo, mas não! Você tinha de estar lá para interferir. Achou que gritar ia salvar alguma vida, gótica? Errou. Você deu sua vida para tentar salvar um punhado de gente morta.
A cada passo, o sangue de sua roupa parecia escorrer. Eram marcas da mensageira. Era sua forma de dizer o quanto era perigoso, o quanto era fria, o quanto era audaz.
- Ninguém pode enganar as trevas, gótica. Ninguém! Aquelas pessoas tinham em sua fé uma forma de tentar fazer isso. Imposição às trevas? Até parece! Onde está o Deus deles nesse momento? Provavelmente sentando em um trono enquanto suas almas seguem um caminho sem fim envolto em chamas e lava!
Fazia Trish sofrer. Jogava em suas costas o peso de uma escolha. Mas o que tinha feito de mais?
De volta àqula noite, a jovem Redmore caminhava pela auto estrada 87 de volta para casa, quando viu um ôninbus desgovernado. Correu para o acostamento paralelo, tentando se proteger, mas o que viu foi pavoroso demais. A jovem de cabelos ruivos e vestido manchado passava por entre as pessoas dentro do ônibus. Parecia absorver o interior de cada uma e saía, voltando logo em seguida. Gritos e mais gritos ecoavam daquele veículo. O lago estava bem perto, e o destino daquelas pessoas parecia selado. Foi neste momento que Trish correu para perto do ônibus e gritou, com todas as suas forças. Palavras sem sentido. Medo bem definido. A agitação cessara. Marla tinha olhos incrédulos ao ver a cena. Como a menina de sobretudo negro conseguira enxergá-la? Como era possível. Ela era...especial. Ela podia...acabar com aquilo. Ela precisava ser detida.
Em um gesto ameaçador, a mensageira ruiva transformou o ônibus e seus integrantes em fachos de luz. Em seguida, nada mais havia lá. Apenas as duas, uma de frente pra outra. Marla fez com Trish o que fazia com os corpos do ônibus, passava por ela e voltava sempre, até que, em dado momento, se fundiu a Trish. Redmore caiu no chão se contorcendo. Quando as dores pararam e se levantou, não parecia ser a mesma. Sem lembranças do que acontecera. Viu apenas um corpo caído perto do lago. Uma jovem ruiva, bem ferida. Trish correu em sua direção, tentou ajudar, falou com ela, perguntou seu nome e só obteve uma resposta, antes da garota desmaiar:
- Marla...
As lembranças sumiram quando a mensageira gritou:
- Pois é, gótica. Você foi uma boa menina ao tentar contar a todos sobre mim. Mas o que isso te rendeu? O rótulo de louca, perturbada. Eu não existo aos olhos dos fracos, Trisha. Só você me vê. Só aqueles que podem...só aqueles que são fortes podem me ver.
Marla já tinha o próximo passo definido: a casa dos Redmore. Alguém que lá estava não podia ficar viva. Robertha.
- Sua mãe é a próxima. Seu sangue não é mais digno de continuar.
Antes de avançar, falou algo diretamente para Trish. Pela primeira vez, tinha o medo no olhar.
- Você...você não vai conseguir fazer o exorcismo.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

A Pizza do Faustão!

Faustão começa o programa e anuncia a atração:
- Olha aí hein, brincadeira! Mais do que nuuuuuuuunca, temos aqui uma mesa recheada de feras para comer a “Pizza do Faustão”, olha aí!
Um após o outro, os convidados vão se apresentando, mas não falam os nomes:
- “Beu abor”, eu não preciso estar nesse programa ‘chinfrim’ que esse gordo suado faz para ter audiência. Eu faço a minha própria audiência. Eu sou a audiência. Desafio a todos os telespectadores a dizerem uma pessoa que seja mais inteligente e mais perfeita para a televisão do que eu. Conseguiram? Claro que não! O resultado de eu ser tão maravilhoso e melhor que todos é que, no ano que vem, estarei em Brasília, vou lá para um gabinete muito chique fazer o que eu melhor faço: nada
- Pois eu dispenso apresentações. Não preciso nem dizer que eu fiz e o que farei por São Paulo. Eu fiz tudo nessa cidade, e continuarei fazendo. Fiz tanto, que fui preso recentemente. Graças a Deus o povo brasileiro é besta a ponto de nunca lembrar desses pequenos deslizes, que não fazem mal a ninguém. Imagina, ser preso. O que isso tem de errado? Agora eu estou de volta e farei muito mais por São Paulo! Quem sabe eu não volto pra cadeia e sou reeleito?
Faustão, claro, interrompe as apresentações para falar:
- Olha aí hein! Essas feras, tanto no profissional quando no pessoal, são pessoas que já passaram por tudo em suas vidas e tão aí pra provar que o que fala mais alto atualmente é o poder! Ô louco meu!
As apresentações continuam
- Au! E eu fiz a minha vida! Au! Além de um forrozeiro de quinta, agora tô em Brasília também! Au! Mas não importa, afinal, tudo que tiver de ruim por lá é só “lavar que tá novo”. Au!
- Pois eu e minha turma não fizemos nada. O povo brasileiro que é muito recalcado! Estão com raivinha de nós só porque ganhávamos uma merecida mesadinha em Brasília! Ou vocês acham mesmo que é absurdo que nós, políitcos engajados nas lutas sociais, somos ricos? Merecemos ganhar uma graninha, ora pois! É um absurdo o que estão fazendo conosco. Ah, sim, eu quero uma fatia de pizza bem queimadinha...
Faustão interrompe mais uma vez as apresentações, ao ver que um dos convidados está saindo no meio do programa
- Ô louco meu, você vai onde? Mais do que nuuuuuuuuuuuuuunca isso aqui é ao vivo, e você nem se apresentou! Não vai comer nenhum pedacinho de pizza?
O convidado apenas responde:
- Não. Nessa mesa eu não tenho a mínima condição de ficar.
- E porque não? – Responde Faustão.
O jovem rapaz dá um sorriso e conclui:
- Por que eu me chamo senso do ridículo. E nenhuma dessas pessoas daqui parece me conhecer muito bem...